segunda-feira, 26 de novembro de 2012

- VICISSITUDES PESSOAIS



- UMA DICA GASTRONÔMICA




Certamente comer bem é uma das nossas experiências mais prazerosas. E quando podemos exercitá-la na sua plenitude, satisfazendo não só o sentido do paladar, ela se torna melhor ainda. E um lugar para se conviver bem com esta experiência é o restaurante Pasta Nostra, na cidade de São Francisco de Paula. É um restaurante simples, com uma decoração esquizofrênica e um atendimento lento e simpático. Como tudo em São Chico, "lento e simpático". Mas a comida é absurdamente saborosa. Pra não errar no pedido indico uma entrada com pasteizinhos de queijo, seguido de um fettuccine "à pasta nostra" e uma jarra de suco de uva. Este pedido satisfaz bem duas pessoas que não estejam famintas. Na finaleira indico pedir um café preparado pela própria dona do restaurante, que também é a responsável pelo cardápio, ajuda no atendimento e é super simpática. E se a casa estiver tranquila, vale pedir pro Filipe, garçon, gerente e pai novo, puxar um violão e tocar Zé Ramalho. O grui é mt bom.. .E para aqueles que estão acostumados a serem "escalpelados" com os preços de Gramado, não caiam da cadeira: a conta não passa de R$ 60,00... Preço justo e honesto.. Tem outros opções, mas a massa é o ponto alto da casa. Já comi muitos tipos e formas de massa, em vários lugares no mundo, mas nenhuma supera o ponto e o sabor desta casa.. Se você está buscando a "massa perfeita" não vá à Veneza.. Vá a São Chico. Vale a dica.. Não tem erro.. E pra completar o programa vale um passeio matinal no lago São Bernardo e um pós-almoço na Livraria Mirage.. São Chico sempre surpreende..



sábado, 15 de setembro de 2012

- VIAGEM



- UM CONTO CHINÊS





Shih Huang Ti é relacionado no livro de Michael Hart entre as 20 personalidades mais importantes da história. Considerado um guerreiro implacável, no ano de 221 a.C. ele derrotou todos os estados feudais e unificou a China, declarando-se o “primeiro imperador”. Instituiu inúmeras reformas radicais na forma de governar e iniciou a construção da “Grande Muralha”. Este personagem controverso tem associado a sua figura várias histórias bizarras relacionadas ao seu medo de morrer. Considerando que durante sua vida havia arregimentado centenas de inimigos em batalhas, o imperador era assombrado pela imagem do que estes inimigos poderiam fazer com ele após a sua morte, já que estes, segundo o seu pensamento, o estariam esperando no mundo celestial, para uma implacável vingança. Movido por este estado delirante determinou então ao seu primeiro (e mt importante) ministro Li Ssu que, após a sua morte, 8.000 dos seus melhores soldados fossem mortos para que pudessem acompanhá-lo e protegê-lo no mundo dos mortos. Para a felicidade de seus soldados, no entanto, Li Ssu convenceu o imperador que, em vez de matar parte de seu exército, fossem construídas estátuas reproduzindo estes guerreiros, e estas seriam colocadas em sua tumba, como forma de proteção contra os inimigos mortos. Esta sábia alternativa, não somente poupou a vida de mais de 8.000 homens, como propiciou a construção de uma das mais impressionantes obras de arte da história: os “Guerreiros de Terracota de Xian”. Descoberto de forma ocasional, em 1974, este conjunto de estátuas,  representando guerreiros, oficiais, cavalos, carruagens e armas espanta pela qualidade artística das obras e pela quantidade impressionante de figuras. Os guerreiros são em tamanho e estilo natural, variando em peso, indumentária e penteado, de acordo com a patente. Não existem duas estátuas iguais. Cada uma delas representa a figura de um soldado, que, como modelo, deve ter se sentido muito mais gratificado em ter sido representado em terracota do que compulsoriamente tendo de acompanhar seu imperador em uma jornada precoce pelo mundo dos mortos.


quinta-feira, 26 de abril de 2012

- VIOLÊNCIA



- A PIOR VIOLÊNCIA..




Uma das perguntas mais frequentes que se houve quando se é Perito Médico-Legista é sobre como nos sentimos, do ponto de vista emocional, durante o nosso trabalho e como isso afeta nossa vida pessoal. Objetivamente falando acho que o meu trabalho me fez ser uma pessoa "melhor", menos preocupada com as vaidades humanas e muito mais solidário com os verdadeiros sofrimentos pessoais. Aliás, uma das minhas muitas teses é que as pessoas deveriam passar pelo menos uma semana trabalhando no necrotério. Isto certamente as tornariam pessoas melhores. E para aqueles que imaginam ser o necrotério o lugar mais difícil de se trabalhar, a experiência mostra que isso não é verdade. O atendimento de crianças vítimas de violência física ou abuso sexual é sem dúvida a parte mais difícil do trabalho. Isto sim carrega uma carga de sofrimento e desesperança muito pesada e nos proporciona um sentimento de descrédito em relação ao futuro da nossa sociedade. A violência contra crianças e adolescentes constitui hoje a primeira causa de morte na faixa etária de 5 a 19 anos e a segunda causa de morte entre as crianças de 1 a 4 anos. Portanto este é um evento que não podemos abstrair e muito menos desacreditar na sua existência. Os riscos para sua ocorrência precisam ser detectados e adequadamente decodificados para que o indivíduo tome as decisões compatíveis com a situação e notifique sua existência. Não estamos autorizados a esperar pelo agressor. Não será ele a fonte da denúncia.




quinta-feira, 5 de abril de 2012

- VICISSITUDES PESSOAIS



- FILOSOFANDO






O Twitter, além de uma ferramenta interessante para acesso em tempo real a informações atualizadas, mostrou-se uma boa maneira de avaliar o que estava acontecendo conosco em um determinado ciclo da nossa história. As mensagens que postamos (tirando aquelas inutilidades absolutas que alguns insistem em escrever) permitem fazer diagnósticos interessantes sobre o nosso envolvimento pessoal, afetivo e social num intervalo de tempo. E possibilitam ainda acompanhar as transformações que estes envolvimentos apresentam, numa analise linear da nossa história. Os temas e os interesses vão mudando de forma sutil, mas consistente. É possível avaliar até a repercussão que as nossas postagens despertam entre os que nos acompanham. Para testar minha tese (sou um cara de teses) avaliei as minhas postagens pseudo-filosóficas amadoras que mais foram "retweetadas" .. interessante.. conferindo:

- Fazer uso de “desculpas” para não viver a intimidade é forte sinal de que a prazerosa e desafiadora arte da convivencia está naufragando.

- Nós somos como uma fotografia: reproduzimos o visível e tornamos visível o consciente de uma segunda realidade.. mas este nem todos enxergam.

- Quando quase todos os idiotas do mundo estão contra você é que eu entendo Baudelaire: "Existe uma certa glória em não ser compreendido".

- Algumas cadeiras na faculdade são experiências piores que ferias em Magistério, no inverno, com chuva.

- Claro que a chuva de hj perturbou a vida de mt gente.. só não esqueça que para cada um minuto de raiva perdemos 60 segundos de felicidade.

- Quer uma expressao que caracteriza férias perfeitas: "em que dia da semana estamos?"..

- Interessante como pessoas maduras tem "crises adolescentes" e não percebem.. realmente nós não somos bons juizes das nossas atitudes.

- Num dia quente como hj por alguns segundos fiquei com inveja da colega de saia e rasteirinha.. mas depois pensei na menstruação e resolvi aceitar minha gravata.


sábado, 31 de março de 2012

- VICISSITUDES PESSOAIS



- DICA DE LIVRO




Para o pessoal que deseja ser Delegado de Polícia esta é uma ferramenta de auxílio para os concursos.. E uma sorte especial para os meus ex-alunos que estão nesta..

domingo, 25 de março de 2012

- VIAGEM



- COMEÇANDO VIAGENS EXÓTICAS





Para os que pretendem iniciar viagens por lugares exóticos ou querem sair dos roteiros clássicos (Madri, Londres, Paris e Roma), sem assumir riscos desnecessários, uma sugestão interessante é visitar o Marrocos. Em uma visão pragmática este país atende alguns requisitos basilares para um turismo “no stress”: segurança, roteiros bem elaborados, bons hotéis, preços aceitáveis e clima favorável. Além de um mergulho na cultura islâmica, o Marrocos oferece opções fortes em turismo religioso, histórico, de “comprinhas” e gastronômico. No roteiro das “cidades imperiais” você transita por mesquitas, palácios e medinas, com uma variedade imensa de estímulos sensoriais. É um turbilhão de cores, cheiros e sabores. A mesquita de Hassan II em Casablanca, a medina de Fez e a praça Djeema el Fna em Marrakech são os pontos de destaque do circuito. Duas dicas: fique nos hotéis 4 estrelas, que são excelentes (a relação custo/benefício em relação aos de 3 estrelas vale o investimento) e deixe para fazer as “comprinhas” no suk (mercado tradicional) de Marrakesh, no final da viagem.






domingo, 18 de março de 2012

- VICISSITUDES PESSOAIS

O "PRINCIPIO DA INCERTEZA"





Esta foto foi feita durante uma visita a uma mesquita no interior da Turquia e retrata, de forma simbólica, o relacionamento afetivo de um casal de idosos. Enquanto buscava um melhor enquadramento, fiquei observando por algum tempo a forma carinhosa dos gestos e o cuidado de cada um para com as ações do parceiro. Estas relações afetivas duradouras sempre me despertam um questionamento: "o que deu errado nesta relacionamento para ele durar tanto tempo?". Pode parecer deprimente, mas tenho a impressão que relacionamentos duradouros tornaram-se, nos dias de hoje, uma anormalidade estatística. Werner Heisenberg, ganhador do Prêmio Nobel de Física em 1932 e um dos criadores da mecânica quântica, é autor do famoso “princípio da incerteza”.  O “princípio da incerteza” estabelece que, mesmo em condições ideais, o comportamento futuro de qualquer sistema não pode ser completamente previsível.  Se este princípio é considerado um dos mais profundos e de maior alcance em toda a ciência, sua aplicabilidade aos relacionamentos interpessoais considero como sendo bastante adequada.  Principalmente quando percebemos que o ponto inicial da maioria dos relacionamentos está muito centrado no núcleo do desejo. O relacionamento que decorre de um "desejo" é completamente imprevisível e tem grande chance de acabar com o advento da convivência e o decorrer do tempo. Afinal, a posse permite a descoberta dos defeitos e isso destrói o prazer. Os relacionamentos esgotam-se com a materialização dos defeitos e a consequente falta de condições de assumir um significado para eles. Esta falta de significados (ou conteúdo) cria um vazio que irá, inexoravelmente, ser preenchido por um outro objeto emocionalmente competente. E não há previsão de quando isso irá acontecer ou possibilidade de defesa para evitá-lo. Sinônimo de fracasso é a tentativa de racionalizar este emocional, que sempre precede o sentimento. Quando um novo objeto emocional ocupa seu espaço, mesmo que não se torne uma necessidade, estará gerando o desiquilíbrio no relacionamento e criando um campo propício para um potencial e devastador conflito. E uma vez estando o conflito instalado, resta agora a sua administração: negar, acomodar ou negociar. Qualquer das alternativas levará ao mesmo resultado, ou seja, a perempção do relacionamento.. simplesmente a sua morte. Tenho a convicção de que a manutenção dos significados é a esperança de sobrevivência de um relacionamento. E não existe significado sustentável se o núcleo da relação for o desejo e a busca do prazer. É o “princípio da incerteza” fazendo-se presente nas relações afetivas. Saber isso ajuda a melhorar os relacionamentos?? Acho que não. Mas ajuda a explicar, por exemplo, como a acomodação ajuda a manter os relacionamentos, já que a tentativa de um novo traz sempre consigo uma nova incerteza, com todos as suas potenciais frustrações. Como todo princípio universal não existe forma de evitá-lo. Resta conviver com ele e torcer pelo resultado. E o casal da foto parece ter encontrado o melhor resultado.   


quinta-feira, 8 de março de 2012

- VICISSITUDES PESSOAIS



ESTIMULANDO PERCEPÇÕES



                                                     templo de Tah Prohm - Camboja


No meu tempo livre, gosto de analisar fotografias, buscando identificar novas percepções e construir pensamentos abstratos em cima de imagens, cujos significados podem nos permitir descobrir novas chaves para outras representações.  Para registrar este ensaio editei, no facebook, um álbum – “Para pensar...” – em que publico algumas fotografias tiradas em diferentes ambientes. Estas fotos buscam estimular formas de interpretação que vão além daquilo que está sendo retratado. O objetivo é conduzir o expectador, diante da foto, a construir uma narrativa de significados sobre o que aquela imagem poderia representar. Claro que esta construção originalmente foi feita pelo imaginário do autor, mas é permitido também que cada um construa o seu processo interpretativo, dentro da sua visão subjetiva do modelo retratado. Um exemplo é a foto “Raízes”, que retrata a retomada de um espaço pela natureza, em uma construção, um Templo Khmer, construído e abandonado pelo homem no século XIV. No meu imaginário a foto representa uma metáfora sobre o difícil equilíbrio nas relações, considerando os conceitos de dominação e respeito pelos limites. Em Tah Prohn  a natureza retomou seu espaço e invadiu as construções do templo, de onde fora expulsa pelo homem. Mas estranhamente o crescimento das árvores e suas raízes respeitou as construções e passou a envolve-las, cobri-las, sem no entanto destruí-las, como seria de se esperar.  Mesmo na sua “vingança” pelo resgate do que lhe foi subtraído, a natureza conseguiu criar uma forma de equilíbrio em que a “posse” não foi obtida à custa da “destruição”. Outro ponto interessante nesta narrativa é que a “redescoberta” desse templo, no século XX, determinou um processo de restauração das suas ruinas. Mas neste processo de restauração o homem optou por preservar a natureza, mantendo as arvores e as raízes nos sítios que elas haviam ocupado dentro do espaço do templo. Temos aqui simbolicamente um exemplo de equilíbrio entre dois agentes hegemônicos, em que, ao invés de um dominar ou destruir o outro, cria-se um ambiente de compartilhamento de espaço e respeito de limites. Aquela porta escura da foto nos estimula a por ela entrar e pensar se é possível praticar este modelo em outras áreas, inclusive nas relações interpessoais. Todos sabemos que é muito difícil a convivência, a divisão de espaços, o respeito aos limites do outro, o exercício de poder sem que um agente tente dominar o outro ou destruir a sua individualidade. Mas isso é possível. Tah Prohn nos mostra isso. E a foto, espero, o leve a também pensar sobre isso.
Abaixo mais duas imagens desta impressionante convivência.








quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

- VIAGEM

 POR QUE FOTOGRAFAR VIAGENS?



Hoje me perguntaram por que eu fico postando fotos de viagens no facebook ao que respondi que na realidade não coloco "fotos" em rede social. Se fosse esta a intenção faria um álbum de viagens (que normalmente são mt chatos de se ver). O problema é explicar algo quando percebemos que a critica encoberta não busca qualquer contribuição. Mas isto estimula pelo menos um comentário coletivo para os que gostam de "curtir" fotografias. As minhas fotos na realidade são uma narrativa pessoal de um pequeno tempo, que de alguma forma trouxe consigo um momento emocionalmente importante. Não são fotos de viagens. São muito mais do que elas mostram e talvez por isso só tenham significado pra mim..  ou para quem busca estes momentos.. A foto acima retrata uma casa na pequena cidade de Hoi An, no interior do Vietnam. É uma lojinha, na realidade, que vende lanternas coloridas, feitas manualmente pelos habitantes locais. A composição visual é mt bonita, mas se fosse somente isto essa foto não estaria aqui. Ficaria como outras centenas arquivada na memória de um computador, ao qual somente eu tenho acesso (mt deprimente isso). Mas qual o detalhe da foto então que a torna tão particular? ... observando... as "pernas". Na beira da porta tem um par de pernas, que pertencem a menina que faz as lanternas. Não se preocupe se você não percebeu. Isso só faz sentido pra mim. Naquele momento eu estava decidido a comprar uma lanterna e fiquei encantado pelas cores, pelo clima do lugar, pela chuva que estava caindo e pela afetividade da menina que estava fazendo e me vendendo a lanterna. No seu visual simples e descuidado ela era mt bonita. E como nunca largo a máquina fotográfica decidi fazer uma foto da cena. Pedi para ela ficar ao lado das lanternas mas percebi que havia um problema pra realizar esta foto, que ia além da nossa dificuldade de comunicação num inglês "the book is on the table". Após um certo impasse de enquadramento ela falou, numa humildade cativante, que não gostariam de aparecer na foto pois se achava "muito feia"... Muito feia.... Bom, depois dessa frase posso garantir que os próximos dez minutos foram uma tentativa frustrante de tentar dizer em português/inlgês/vietnamita que ela era a pessoa mais parecida com a Gisele Bundchen que eu já havia visto. Acho que não funcionou tão bem quanto eu gostaria mas o sorriso na despedida me pareceu de uma pessoa mais feliz. E o que ficou disto tudo? Uma lanterna vermelha pendurada na minha sacada, uma foto no facebook e um momento daqueles que eu quero ficar lembrando. Portanto, fotografar é isso.. tornar um instante, uma história. Ás vezes não se consegue enxergar o que não pode ser visto. Mas fotografia pode ser mt mais do que aquilo que estamos vendo. É como uma obras de arte pós-moderna. Se você não entendeu, não critique. Aliás, como disse Abraham Lincoln: "Só tem o direito de criticar aquele que pretende ajudar." 

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

- VICISSITUDES PESSOAIS



POR QUE CONSTRUIR UM “TOP TEN” - MELHORES MOMENTOS






Num destes “papos de bar” falando de coisas inesquecíveis que fazemos na vida fui desafiado a listar dez coisas que fizeram diferença e marcaram as minhas lembranças. Depois de algumas mudanças e atualizações, além de algumas sugestões pouco convencionais a lista ficou pronta. Não pensei em publicá-la pois poderia parecer “exibicionismo” mostrar este tipo de tema. Mas depois de um tempo a ideia original foi mudando. Trocamos a expressão "mostrar o que eu fiz" pela frase "registrar o que fizemos de importante com o nosso tempo". Assim, eu e qualquer pessoa podemos criar um referencial para, de alguma forma, avaliar o que fazemos com aquilo que de mais importante temos: o tempo. Quando me perguntam qual a coisa mais importante que possuo respondo de forma muito categórica que é o “tempo”. O tempo é uma invenção do homem para justificar a senilidade e a demência progressiva que irá inexoravelmente nos atingir. Ele representa uma “moeda no cartão de crédito” que nós gastamos diariamente, sem saber qual o saldo restante ou o prazo de validade. Gastando ou não este saldo, o prazo irá expirar, sem que eu saiba quando isso vai ocorrer. Então o que nos resta é usar bem esta "moeda". E para avaliar isso criei esta figura de controle que chamei “top ten – melhores momentos”. É simples. Vamos tentar relacionar dez coisas que você tenha feito e que realmente foram absurdamente legais. Se eu não consigo lembrar de pelo menos dez momentos diferenciados, talvez eu não esteja usando bem o saldo do meu “cartão de crédito”. Se eu consigo lembrar de dez ou mais momentos inesquecíveis é provável, por este critério, que eu o esteja usando bem. E se eu tenho estes dez momentos, nada impede que eu tente modificá-los, buscando substituir alguns por outros melhores. A ideia é simples, e nada tem de exibicionista. Eu posso ter momentos bons em casa, viajando, com alguém ou simplesmente apreciando algo que me dá prazer. O importante é TER estes momentos, poder visualizar a sua lembrança e tentar criar novos. Aliás isto é o que estou fazendo agora. Mudando a minha lista. E confesso que esta sensação é muito boa. Lembrei de algo que havia feito e que absurdamente não coloquei na primeira lista. E consegui acrescentar um momento novo, desbancando um que perdeu espaço, mas não importância. Apenas foi substituído por outro melhor. Interessante como as nossas lembranças são estimuladas quando as visualizamos num suporte material. Conseguimos buscar detalhes, fazer correlações, lembrar pessoas. Enfim o objetivo do experimento é esse, reforçar boas lembranças e buscar atualizá-las. Vale como sugestão.




Dez momentos que fizeram a vida valer a pena..  Versão 3

1. Passear de balão na Capadócia - Turquia;
2. Escalar o Waina Picchu - Peru;
3. Ver o Internacional ser Campeão da Libertadores no Beira-Rio - Porto Alegre;
4. Atravessar o desfiladeiro que leva à Petra, a cidade perdida dos Nabateus - Jordânia;
5. Ver o pôr-do-sol em Hanga Roa - Ilha da Páscoa;
6. Fazer um safari de Jeep na Ilha de Gozo – Malta;
7. Curtir um final de tarde em Tatooine, a terra de Luck Skywalker – Tunísia;
8. Passear de barco pela Baia de Ha Long - Vietnam;
9. Entrar na grande pirâmide de Quéops – Egito;
10. Andar de barco inflável nas Cataratas do Iguaçu - Foz do Iguaçu.