sábado, 31 de março de 2012

- VICISSITUDES PESSOAIS



- DICA DE LIVRO




Para o pessoal que deseja ser Delegado de Polícia esta é uma ferramenta de auxílio para os concursos.. E uma sorte especial para os meus ex-alunos que estão nesta..

domingo, 25 de março de 2012

- VIAGEM



- COMEÇANDO VIAGENS EXÓTICAS





Para os que pretendem iniciar viagens por lugares exóticos ou querem sair dos roteiros clássicos (Madri, Londres, Paris e Roma), sem assumir riscos desnecessários, uma sugestão interessante é visitar o Marrocos. Em uma visão pragmática este país atende alguns requisitos basilares para um turismo “no stress”: segurança, roteiros bem elaborados, bons hotéis, preços aceitáveis e clima favorável. Além de um mergulho na cultura islâmica, o Marrocos oferece opções fortes em turismo religioso, histórico, de “comprinhas” e gastronômico. No roteiro das “cidades imperiais” você transita por mesquitas, palácios e medinas, com uma variedade imensa de estímulos sensoriais. É um turbilhão de cores, cheiros e sabores. A mesquita de Hassan II em Casablanca, a medina de Fez e a praça Djeema el Fna em Marrakech são os pontos de destaque do circuito. Duas dicas: fique nos hotéis 4 estrelas, que são excelentes (a relação custo/benefício em relação aos de 3 estrelas vale o investimento) e deixe para fazer as “comprinhas” no suk (mercado tradicional) de Marrakesh, no final da viagem.






domingo, 18 de março de 2012

- VICISSITUDES PESSOAIS

O "PRINCIPIO DA INCERTEZA"





Esta foto foi feita durante uma visita a uma mesquita no interior da Turquia e retrata, de forma simbólica, o relacionamento afetivo de um casal de idosos. Enquanto buscava um melhor enquadramento, fiquei observando por algum tempo a forma carinhosa dos gestos e o cuidado de cada um para com as ações do parceiro. Estas relações afetivas duradouras sempre me despertam um questionamento: "o que deu errado nesta relacionamento para ele durar tanto tempo?". Pode parecer deprimente, mas tenho a impressão que relacionamentos duradouros tornaram-se, nos dias de hoje, uma anormalidade estatística. Werner Heisenberg, ganhador do Prêmio Nobel de Física em 1932 e um dos criadores da mecânica quântica, é autor do famoso “princípio da incerteza”.  O “princípio da incerteza” estabelece que, mesmo em condições ideais, o comportamento futuro de qualquer sistema não pode ser completamente previsível.  Se este princípio é considerado um dos mais profundos e de maior alcance em toda a ciência, sua aplicabilidade aos relacionamentos interpessoais considero como sendo bastante adequada.  Principalmente quando percebemos que o ponto inicial da maioria dos relacionamentos está muito centrado no núcleo do desejo. O relacionamento que decorre de um "desejo" é completamente imprevisível e tem grande chance de acabar com o advento da convivência e o decorrer do tempo. Afinal, a posse permite a descoberta dos defeitos e isso destrói o prazer. Os relacionamentos esgotam-se com a materialização dos defeitos e a consequente falta de condições de assumir um significado para eles. Esta falta de significados (ou conteúdo) cria um vazio que irá, inexoravelmente, ser preenchido por um outro objeto emocionalmente competente. E não há previsão de quando isso irá acontecer ou possibilidade de defesa para evitá-lo. Sinônimo de fracasso é a tentativa de racionalizar este emocional, que sempre precede o sentimento. Quando um novo objeto emocional ocupa seu espaço, mesmo que não se torne uma necessidade, estará gerando o desiquilíbrio no relacionamento e criando um campo propício para um potencial e devastador conflito. E uma vez estando o conflito instalado, resta agora a sua administração: negar, acomodar ou negociar. Qualquer das alternativas levará ao mesmo resultado, ou seja, a perempção do relacionamento.. simplesmente a sua morte. Tenho a convicção de que a manutenção dos significados é a esperança de sobrevivência de um relacionamento. E não existe significado sustentável se o núcleo da relação for o desejo e a busca do prazer. É o “princípio da incerteza” fazendo-se presente nas relações afetivas. Saber isso ajuda a melhorar os relacionamentos?? Acho que não. Mas ajuda a explicar, por exemplo, como a acomodação ajuda a manter os relacionamentos, já que a tentativa de um novo traz sempre consigo uma nova incerteza, com todos as suas potenciais frustrações. Como todo princípio universal não existe forma de evitá-lo. Resta conviver com ele e torcer pelo resultado. E o casal da foto parece ter encontrado o melhor resultado.   


quinta-feira, 8 de março de 2012

- VICISSITUDES PESSOAIS



ESTIMULANDO PERCEPÇÕES



                                                     templo de Tah Prohm - Camboja


No meu tempo livre, gosto de analisar fotografias, buscando identificar novas percepções e construir pensamentos abstratos em cima de imagens, cujos significados podem nos permitir descobrir novas chaves para outras representações.  Para registrar este ensaio editei, no facebook, um álbum – “Para pensar...” – em que publico algumas fotografias tiradas em diferentes ambientes. Estas fotos buscam estimular formas de interpretação que vão além daquilo que está sendo retratado. O objetivo é conduzir o expectador, diante da foto, a construir uma narrativa de significados sobre o que aquela imagem poderia representar. Claro que esta construção originalmente foi feita pelo imaginário do autor, mas é permitido também que cada um construa o seu processo interpretativo, dentro da sua visão subjetiva do modelo retratado. Um exemplo é a foto “Raízes”, que retrata a retomada de um espaço pela natureza, em uma construção, um Templo Khmer, construído e abandonado pelo homem no século XIV. No meu imaginário a foto representa uma metáfora sobre o difícil equilíbrio nas relações, considerando os conceitos de dominação e respeito pelos limites. Em Tah Prohn  a natureza retomou seu espaço e invadiu as construções do templo, de onde fora expulsa pelo homem. Mas estranhamente o crescimento das árvores e suas raízes respeitou as construções e passou a envolve-las, cobri-las, sem no entanto destruí-las, como seria de se esperar.  Mesmo na sua “vingança” pelo resgate do que lhe foi subtraído, a natureza conseguiu criar uma forma de equilíbrio em que a “posse” não foi obtida à custa da “destruição”. Outro ponto interessante nesta narrativa é que a “redescoberta” desse templo, no século XX, determinou um processo de restauração das suas ruinas. Mas neste processo de restauração o homem optou por preservar a natureza, mantendo as arvores e as raízes nos sítios que elas haviam ocupado dentro do espaço do templo. Temos aqui simbolicamente um exemplo de equilíbrio entre dois agentes hegemônicos, em que, ao invés de um dominar ou destruir o outro, cria-se um ambiente de compartilhamento de espaço e respeito de limites. Aquela porta escura da foto nos estimula a por ela entrar e pensar se é possível praticar este modelo em outras áreas, inclusive nas relações interpessoais. Todos sabemos que é muito difícil a convivência, a divisão de espaços, o respeito aos limites do outro, o exercício de poder sem que um agente tente dominar o outro ou destruir a sua individualidade. Mas isso é possível. Tah Prohn nos mostra isso. E a foto, espero, o leve a também pensar sobre isso.
Abaixo mais duas imagens desta impressionante convivência.