sábado, 11 de janeiro de 2014

- VICISSITUDES PESSOAIS



- SOBRE MEMÓRIAS E O TEMPO DO INDIVÍDUO..





                             

Um estímulo interessante às nossas emoções ocorre quando nos deparamos com cenas que perturbam e despertam os nossos sentimentos privados, que estão escondidos no teatro da nossa memória e cujo “eu proprietário” guarda tão bem, que muitas vezes perde a chave da sua liberação. Nestes momentos, felizmente surgem objetos competentes que resgatam estas memórias emocionais, driblando o guardião do esquecimento. Fico contente quando isso ocorre pois se o horizonte do indivíduo é a morte, é pela memória das coisas que nos despertam a emoção que nos fazemos presentes. Não se trata de nostalgia ou vontade de voltar ao passado. Não interessa se são alterações hormonais ou ondas eletrofisiológicas, invisíveis e não mensuráveis, que causam isso. Vale porque é bom, porque me lembra que coisas especiais ocorreram e que eu tinha cometido a doidice de esquecê-las. Nós temos o tempo geográfico, o tempo social, mas existe também o tempo do individuo, que é cíclico, e composto de eventos que não deveriam ficar tão escondidos. Este discurso todo se deve a dois vídeos que coincidentemente recebi num curto intervalo de tempo e que me trouxeram de volta um ciclo muito bom da história do meu tempo. Vale registrar, pois o guardião da minha memória é tão idiota que pode cometer a negligência de colocá-los no esquecimento novamente.