sábado, 15 de fevereiro de 2014

- VIAGEM



- UMA CRÔNICA SOBRE AS SETE MARAVILHAS DO MUNDO MODERNO
PARTE I - TAJ MAHAL


Muitas pessoas gostam de definir objetivos em suas vidas. Os estruturalistas chamariam isso de “metas”, enquanto os emergentes definiriam isso como “sonhos”. Pouco interessa se são sonhos ou metas. Se os radicais querem escalar o Himalaia, os mais sensíveis desejam escrever um livro. Os objetivos tem o mesmo significado. A idéia está em chegar lá... Pois em julho de 2007 acompanhei a eleição das novas “Sete Maravilhas do Mundo”, escolhidas em um concurso popular internacional promovido pela New Open World Foundation. Com mais de cem milhões de votos, enviados de todas as partes do mundo através da internet, foram escolhidos para este seleto grupo os seguintes monumentos: Coliseu (Itália), Taj Mahal (Índia), Cristo Redentor (Brasil), Chichén Itzá (México), Machu Picchu (Peru), Petra (Jordânia) e a Muralha da China. Lendo esta lista resolvi dar um objetivo às minhas viagens. Assim, juntando sonho e objetivo, resolvi que iria conhecer as Sete Maravilhas do Mundo Moderno. Este breve histórico é para poder informar que “CHEGUEI LÁ...”. Em janeiro de 2014 consegui fechar a lista e realizar meu sonho/objetivo. Isto me autoriza a escrever minhas impressões sobre estes lugares e talvez despertar um sonho em alguns, afinal viajar nunca é um ato neutro, ao contrário, é sempre uma experiência que nos modifica. Conferindo a lista percebemos que não há um critério comum de destaque presente em todas. Valores artísticos, históricos, naturais, arquitetônicos, religiosos se misturam e destacam cada uma de forma diferente. Assim, não existe a mais espetacular ou a menos importante. Todas se justificam nesta lista por algum critério. No critério artístico o grande destaque da lista, sem dúvida é o Taj Mahal, uma jóia da arte. E começo escrevendo exatamente sobre esta maravilha. O Taj Mahal, nome que significa a “Coroa de Mahal”, foi construído pelo imperador Shah Jahan em homenagem à sua terceira esposa, Mumtaz Mahal, que morreu quando do nascimento de seu décimo quarto filho. Durante vinte e dois anos, mais de 20 mil trabalhadores foram empregados na construção. Trata-se de uma obra impressionante pela riqueza dos desenhos de suas paredes, feitos com ametistas, safiras, jade, turquesa, lápis-lazuli incrustadas em pesados blocos de mármore branco. Quatro minaretes de 41 m de altura cercam o mausoléu que apresenta uma abóbada de 24 m de altura, decorada com fios de ouro. Uma lenda diz que para que os construtores não pudessem repetir a beleza e grandiosidade da obra, o Imperador mandou que suas mãos fossem cortadas e seus olhos cegados. O mais incrível, no entanto, é que não estamos diante de um monumento construído por motivação religiosa, política ou militar. O Taj Mahal é um monumento em homenagem ao amor e nele a paixão está presente em todos os detalhes. E esta paixão ainda teve um fim mais trágico, pois o imperador foi deposto por seu filho logo após a conclusão do mausoléu e passou mais 12 anos preso, até morrer, no Forte de Agra, no outro lado do rio Yamuna, numa sala de cuja janela podia avistar o túmulo construído para sua amada. Durante uma visita ao Forte de Agra é possível chegar a esta sala e ter a mesma visão de Shah Jahan. Não existe nada igual no mundo. Mesmo obras de fantástico valor artístico como a Catedral de São Pedro, em Roma, ou a Alhambra, em Granada, não conseguem transmitir a emoção deste lugar. Mas essa é apenas uma história. As outras seis ficam para os próximos capítulos....